Tuesday, September 28, 2010

Meus Bons Amigos, onde estão?

Não gosto de telefonar. Não gosto de enviar mensagens pelo celular (apesar de ultimamente ter que usar este meio pois a necessidade bateu a porta para que eu tenha notícias dos que moram muito longe de mim). Não tenho problemas em aceitar os amigos que não batem cartão me pedindo uma lista de como foi o meu dia-a-dia. E não sinto necessidade tampouco de ficar sabendo o que ocorre na vida de cada um deles diariamente. Sei também que não atendo as expectativas da maioria das pessoas que insistem em ver problemas na maneira de eu interagir com os outros. E aos queridos amigos que continuam em minha vida ao longo dos anos, sem se pertubarem com a minha ausência, sou extremamente agradecida. Como a Phoebe, eu continuo sorridente.
"Se tem uma coisa que eu não sei fazer nessa vida é cultivar minhas amizades. Para eu conquistar novos amigos basta um piscar de olhos e puft! Ser uma pessoa expansiva e sorridente faz com que você atraia a simpatia até da tia da prima do filho do porteiro, o que, convenhamos, é uma boa qualidade. Mas a partir do momento em que você é como eu, que simplesmente não sabe cultivar suas amizades, isso acaba se tornando uma baita dor-de-cabeça, pois nem todo mundo entende que o fato de você não telefonar toda semana não quer dizer que você não goste da pessoa. Eu tenho amigas que me telefonam sempre para perguntar como eu estou. Uma amiga do trabalho costuma telefonar à noite para saber se melhorei daquela dorzinha chata ou se já estou menos chateada com algum problema corriqueiro que aconteceu durante o dia. E eu realmente invejo essa capacidade dela de demonstrar atenção sempre, de  cuidar da amizade como se cuida de uma plantinha. Eu não sou assim. Eu não telefono para os meus amigos - aliás, devo ser uma das poucas mulheres da face da Terra que não gostam de falar ao telefone. Eu não envio e-mails semanais nem deixo recadinhos do tipo “Bom final de semana!!!!!!!!!” nos scrapbooks do Orkut. Sou capaz de ficar meses sem dar sinal de vida, embora ame meus amigos até o último fio de cabelo. O que complica a minha vida é que eles dificilmente saberão o quanto eu gosto deles, por pensarem ser descaso a minhaausência. Mas aqui e ali, nos meus ímpetos de saudade arrebatadora, quando os procuro e deixo registradas minhas demonstrações de carinho, eles poderão saber o quanto são importantes para mim e o quanto eu os amo. Como disse certa vez uma das minhas melhores amigas, minha única madrinha de casamento, “O bom da nossa amizade é que não há cobranças. Podemos passar meses ou anos sem nos falar, mas sempre que nos encontramos, é como se não tivesse transcorrido um único dia sequer”. Mas hoje acordei como o Frejat. “Meus bons amigos, onde estão? Notícias de todos quero saber”!
Meus Bons Amigos, onde estão? foi escrito por Phoebe, em 10 de setembro de 2008 para o blog 'Monalisa de Pijamas'.

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