A MORTE INVENTADA
http://www.youtube.com/watch?v=lj43Pr2rFGE
A Morte Inventada: documentário mostra pais que são impedidos de ver os filhos após separação
O diretor Alan Minas partiu de sua própria experiência para falar sobre a alienação parental
SIMONE TINTI
Situação que pode ser bem comum em disputas pela guarda de um filho, a alienação parental, que é o impedimento dos pais verem os filhos após a separação, é tema do documentário A Morte Inventada, do diretor Alan Minas. O filme será lançado oficialmente nos dias 1 e 2 de abril na Caixa Cultural, no Rio de Janeiro.
É comum conhecer algum pai separado que não consiga ver seu próprio filho por impedimento da mãe. São desculpas como festas da escola ou de parentes, viagens ou outros compromissos que, na verdade, não existem. E, embora seja cada vez maior o número de pais que querem ficar com os filhos, em 92% dos casos de separações ou divórcios é a mãe que ganha a guarda das crianças.
O documentário traz depoimentos de pais, advogados, desembargadores, psicólogos e filhos. Em um dos trechos, uma menina conta como ficou 11 anos sem ver o pai. “Eu tinha de ter uma certa cumplicidade com a minha mãe e, se eu achasse legal sair com o meu pai, era como se fosse uma traição.”
Alan Minas decidiu falar sobre o tema com base em sua própria história.
Atualmente, ele não consegue ver sua filha de 9 anos, que vive com a mãe, o tanto quanto gostaria. “Percebo que falta apoio até mesmo dos juízes e advogados”, diz. Para ele, o documentário vai chamar atenção para a questão. “É preciso falar sobre esse assunto por que muitos pais desistem no meio do caminho, devido às dificuldades”, diz.
Como explica a advogada Sylvia Maria Mendonça do Amaral, a lei da guarda compartilhada, aprovada no ano passado, veio para dar mais apoio a esses pais. De acordo com essa lei, pais e mães têm os mesmos direitos e deveres em relação aos filhos. No entanto, na prática, não é isso que acontece. “Se não há um bom relacionamento entre o casal, os juízes não concedem a guarda compartilhada. E, com isso, muitos pais continuam sem o contato frequente com as crianças, como desejam”, diz. E elas também acabam sendo bastante prejudicadas. “Esses pais querem apenas exercer a paternidade da melhor forma possível, e não conseguem, em total prejuízo das crianças. O que a lei determina é que sempre se promova o bem estar do filho”, afirma Sylvia.
Com o objetivo de promover uma discussão mais ampla sobre o tema e divulgar o documentário, Minas conta que já estão programadas exibições seguidas de debates a partir de maio. O primeiro encontro acontecerá no dia 6 de maio, na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos, em São Paulo, marcando o lançamento do documentário em DVD.
A Morte Inventada
Realização: Caraminhola
Roteiro e Direção: Alan Minas
Duração: 80 minutos
A Morte Inventada: documentário mostra pais que são impedidos de ver os filhos após separação
O diretor Alan Minas partiu de sua própria experiência para falar sobre a alienação parental
SIMONE TINTI
Situação que pode ser bem comum em disputas pela guarda de um filho, a alienação parental, que é o impedimento dos pais verem os filhos após a separação, é tema do documentário A Morte Inventada, do diretor Alan Minas. O filme será lançado oficialmente nos dias 1 e 2 de abril na Caixa Cultural, no Rio de Janeiro.
É comum conhecer algum pai separado que não consiga ver seu próprio filho por impedimento da mãe. São desculpas como festas da escola ou de parentes, viagens ou outros compromissos que, na verdade, não existem. E, embora seja cada vez maior o número de pais que querem ficar com os filhos, em 92% dos casos de separações ou divórcios é a mãe que ganha a guarda das crianças.
O documentário traz depoimentos de pais, advogados, desembargadores, psicólogos e filhos. Em um dos trechos, uma menina conta como ficou 11 anos sem ver o pai. “Eu tinha de ter uma certa cumplicidade com a minha mãe e, se eu achasse legal sair com o meu pai, era como se fosse uma traição.”
Alan Minas decidiu falar sobre o tema com base em sua própria história.
Atualmente, ele não consegue ver sua filha de 9 anos, que vive com a mãe, o tanto quanto gostaria. “Percebo que falta apoio até mesmo dos juízes e advogados”, diz. Para ele, o documentário vai chamar atenção para a questão. “É preciso falar sobre esse assunto por que muitos pais desistem no meio do caminho, devido às dificuldades”, diz.
Como explica a advogada Sylvia Maria Mendonça do Amaral, a lei da guarda compartilhada, aprovada no ano passado, veio para dar mais apoio a esses pais. De acordo com essa lei, pais e mães têm os mesmos direitos e deveres em relação aos filhos. No entanto, na prática, não é isso que acontece. “Se não há um bom relacionamento entre o casal, os juízes não concedem a guarda compartilhada. E, com isso, muitos pais continuam sem o contato frequente com as crianças, como desejam”, diz. E elas também acabam sendo bastante prejudicadas. “Esses pais querem apenas exercer a paternidade da melhor forma possível, e não conseguem, em total prejuízo das crianças. O que a lei determina é que sempre se promova o bem estar do filho”, afirma Sylvia.
Com o objetivo de promover uma discussão mais ampla sobre o tema e divulgar o documentário, Minas conta que já estão programadas exibições seguidas de debates a partir de maio. O primeiro encontro acontecerá no dia 6 de maio, na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos, em São Paulo, marcando o lançamento do documentário em DVD.
A Morte Inventada
Realização: Caraminhola
Roteiro e Direção: Alan Minas
Duração: 80 minutos
Labels: WAKE -UP
posted by Cas at
8:03 PM
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