Sunday, September 2, 2018

Amor Profundo

Ha 18 anos atras minha familia veio transferida para essa nacao. Através dos anos aprendi uma segunda lingua, entendi o que e realmente ser patriota, aprendemos eu e meu esposo a nos adaptar a outro mundo e vi minha filha crescer nessa cultura. Me tornei cidadã do Pais que aprendi a amar profundamente. Anos abençoados por Deus com muitas alegrias e inúmeros desafios. Anos aonde o Senhor em sua misericórdia me sustentou, me encorajou, e cuidou de minha familia. Apesar das saudades de minha terra natal, de minha familia que la ficou, de tantas lagrimas pela distancia e anos sem vê-los, pelos inúmeros eventos que não pude estar com meus familiares, em tudo sou agradecida pela boa mão de Deus comigo e minha familia. Obrigada Papai!

A cara do Brasil

Olho e vejo uma singularidade nesta senhora: a cara do Brasil. Não deste Pais de hoje que rouba os sonhos e desfaz do passado, não deste Pais que despreza os seus velhos com sua sabedoria para dar vazão a jovens que ‘tudo sabem’ e pouco fazem.
Esta senhora calejada pela labuta do trabalho e pela criação de filhos remete a um tempo aonde o bom dia, o com licença e o muito obrigado estavam enraizados na educação do cidadão. Os vizinhos eram aliados e não estranhos. As crianças brincavam entre si e respeitavam o idoso. Outra época , praticamente um outro mundo.
A simplicidade desta senhora me alegra os olhos, me faz ter um respeito no coração por ela. Não a conheço mas a admiro. Admiro suas mãos enrugadas, seus olhos vividos, seus cabelos envolvidos no lenço. Uma ternura imensa se cria no meu peito. Me faz apreciar a geração que ela representa e que eh tao mal representada em nossos dias atuais. A cara do Brasil.
Sua fala eh simples mas firme, seu modo de vestir o mais lindo que eu poderia ver. Em minha mente posso vislumbrar seus netos pedindo a benção quando a veem, o respeito entremeado pela incerteza das historias de que dela se contam. Sao uma geração nova e distante da que fez possível deles estarem aqui.
Não sei qual sera a parada em que ela se despedira do meu dia. Sei apenas que o meu dia ficou mais claro e terno. Um acalento no meio das memórias que tenho de um outro Brasil. Andanças de ônibus em minha infância.  A cara do Brasil.
Mais um cuidado de Deus para comigo em um dos meu retornos a Terra natal.

Tantas coisa

• a gargalhada da minha Tuca • o amor incondicional de meu marido a quem pertenço e sempre pertencerei • vídeos de ‘eu te amo’ da minha Be • o cuidado extremo da minha Sis em todos os momentos mais difíceis do ano que se foi • a mulher amada que se tornou a mãe depois da minha mãe partir • meu Bro e sua amada que mesmo a distância estavam comigo durante a minha dor • os Zorzi’s que foram mais que família, quando família não se tinha mais •  a amiga que sempre me deu a sua mão em todas as minhas perdas e na última vez me presenteou com rosas brancas • viciada em leite com bolachinhas • amor imenso pelo Nepal e seu povo • admiração suprema pelos missionários que doam suas vidas, suas famílias, seu tudo para ‘gerar’ uma nova história na vida de cada criança e jovem resgatado • o olhar da minha Mel • a saudade absurda e dolorida da minha Ginger-Bear minha dog soul-mate • sorvete de chocolate cherry passion • podar a minha árvore favorita • escrever cartas • guardar cartas recebidas • ler cartas antigas • fotografar sem hora de acabar • quadros com figuras antigas • roupas de brechó • todo tipo de caixas decoradas • guardar vidros de qq coisa • viajar, viajar e viajar • fazer álbuns de fotografia • escrever diários • tecidos para todos os projetos que virão • qualquer variação da cor turquesa • detestar falar no telefone • cottage como estilo • minha bota de cano baixo preta perfeitas para viajar • quinquilharias e porta jóias antigos • sebo de livros • colecionar todas as edições possíveis de ‘To Kill a Mockingbird • ler o mesmo livro 4,5 vezes • alegrar-se lendo Biografias • sofrer de saudades  • não se importar em ser a ‘esquisita’ por lembrar de tudo o que foi falado há mais, muito mais de 20 anos atrás •  sempre dormir de meias • organizar todos os documentos e papéis sem pestanejar • ter saudades de ser maquinista de trem a vapor • ter horror de lidar com público em geral • amar a solidão • ter prazer na quietude • ler sem ser interrompida • detestar perder o foco • livros velhos • móveis de brechó para serem reformados • ter pavor de alto-mar • ainda ter vontade de morar um mês em Anchorage • Cape Cod sonho que se tornou realidade • relógios de parede antigos • dormir tarde: nada se compara ao silêncio da noite • nao gostar e sofrer com os frutos de ser uma coruja que fica acordada todas as noites • começar a se orgulhar e quase amar ‘puxar ferro’ • road bike • obsessão e paixão eterna: fotografia • pisar na areia de Vero Beach • tirar fotos nos trilhos de trens • nao gostar de resistir ao sono • amar o ronronar dos meus três gatos • andar de bicicleta na chuva • detestar guarda-chuva • não saber lidar com pressão social imposta por meia dúzia de pessoas • pensar mais rápido do que as mãos podem escrever • ter as melhores ideias no meio da noite • ser feliz sem disfarces, sem máscaras • compreender que não é necessário agradar a todos • entender e aceitar que Deus me ama do jeito que sou hoje • trazer a minha memória todos os dias e instantes de que Deus é bom e Ele é bom em todo o tempo!